Hoje apanhei-me a pensar em toda a coisa maravilhosa que existe na televisão portuguesa, como por exemplo:
-"Praça da Carqueja e Semeija" - "ó, mais meia d begaçu, pxó, pxó, sôr Jorge Mikael e sedônä Merxe Ferrero Roché!";
-"TêVê Parla-bócu'd'merdé-mento" - stand-up avant-garde, do melhor!;
-"Penúria Cor-de-Rosa" - "um programa um pc démodé, bah!, sem estilo ou classe, onde as cores são total-hiper-verdadeiramete berrantes, um nojo, um simples nojo!, e digo treuze bezes, um nojo, ai ai ai, vou fazer um piling masé, k isto de ter mamas até às canelas não bate, xau kiduxos, gostei de ver esses penteados, ai!, suas bixas... [não sabia ele/ela/a-coisa que o programa era em especial para miúdos a recuperarem de Quimio...]";
-"Flor-e-cadela" - uma miúda que fala com árvores e canta "não tenho nada mas tenho tenho tudo" a instaurar a insanidade mental nos miudinhos e graudinhos, tadinhos;
-"Morangada com Betume" - gajas, gajas, mamas e mamas!, mt iducatido, =D, juro, mamas, mamas;
-"Telejornal Fictional, Irreal, Anormal e Insanementemental" - gordos que querem ser magros mas só se continuarem a comer como baleias!, meninos que nunca viram o não-sei-o-quê-de-tão-merdoso e, após verem, dizem à TVI, "fodaçi, eu kria era uma gaja boa, seus merdosos, com mamas e assim, fdx!", e mães que perdem os filhos pk velhos metem-se na auto-estrada em contra-mão nos seus cadilaks do catano ou os seus maridos apanham uma bolaxada e axam porreiro matarem-se com companhia";
-"Pack de telenovelas cujo-nome-é-o-título-de-uma-música-falhada" - telenovelas nas quais se retratam vidas totalmente reais, onde há coisas e tal, só para alimentar o espírito dos portugueses de fé, esperança nas suas vidinhas insignificantes, vegetativas, vidas estas sem o mínimo de compaixão pelo outro, assim como já o mandamento diz, Amén!, e que nos dizem, de uma forma altamente drasticamente francamente e deprimentemente subliminar, que no fim vamos ter o que/quem mais queremos, mas que no fundo é qualquer coisa de tão fútil que mais vale suicidar-nos e poupar esta triste in-existencia aos outros badamerdas que praki pastam;
Após esta reflexão, como que num lampejo fulminante, vejo-me numa paisagem dantesca, onde o caos reina, e eu, assemelho-me a um misto de God-piña-colada, Major Alvergamos, Martinho Luther Preto, Hitler Judas Priest e Papa João-Xavier-Arnaldo-Miguel-25-e-uns-trocos, decapito feliz, como uma menina de oito anos a dançar na relva, para um menino de 42 anos, de calças numa mão e uma câmara na outra, todos aqueles que governam o planeta, enquanto grito: "Mamã, eu quero o meu peluxe do rato Miky!, senão eu esforrico-me já todo!"
Depois acordei, meti-me no carro e fui trabalhar, feliz.